25 mil km através de 15 nações nas 3 Américas, com um Fiat Palio weekend 100% elétrico.



Partindo de Los Angeles, Califórnia, cruzamos o México, Guatemala, Honduras, El Salvador,
Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Argentina e Paraguai.
A chegada da fase 1 ocorreu na hidrelétrica de Itaipú, em Foz do Iguaçu, Brasil.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Novela mexicana.


Foram 4220 os quilômetros que percorremos, até o momento, em 19 dias de viagem.
Cabe aqui um desabafo: não foi fácil cruzar o México, em diversos aspectos.
Já na entrada... a forma leviana com a qual as autoridades mexicanas nos enduziram ao erro com os papéis de ingresso ao país.
É o velho truque de criarem a dificuldade para, depois, nos venderem a facilidade.
Resumo: fomos "multados" em quase 500 dólares por não estarmos com os documentos corretos, como se não coubesse aos agentes aduaneiros a obrigação de saber quais são os devidos trâmites.
Claro que isso só nos foi dito no momento de embarcarmos no navio que nos levaria de La Paz para Mazatlán, quando já havíamos percorrido mais de 1.500 km pelo país e passado por vários 'controles', nos quais nenhum oficial viu nada de errado. O mais frustrante é que fomos ao departamento de migración de La Paz para contestar as multas, que somavam quase 300 dólares e então... elas foram aumentadas para quase 500 dólares pois eles se "esqueceram" de cobrar outro "papelzinho" de ingresso no país. 
Em segundo veio um novo assalto, desta vez dos pedágios. Para percorrermos 1.610 km, de Mazatlán até Minatitlán, nos estorquiram U$ 567. Todo este montante nos foi achacado para rodarmos sobre estradas por vezes boas, não raro apenas meia boca. Não faltaram buraqueiras e ondulações gigantes, nas quais parecia que o motorhome e o trailer iriam decolar. Ou seja, 35 centavos de dólar por km rodado. Não obstante, os pedágios surgiam um logo após o outro. Como a maioria tinha sempre, no máximo, dois guichês funcionando, imagine o tamanho das filas. Por fim, para que isso não vire uma novela, a má educação da maioria dos motoristas mexicanos, egoístas e imprudentes. 
O fato é que, após quase 7 meses nos EUA, ficamos bem acostumados. Acostumados com civilidade, com preços justos, com excelentes rodovias (grátis) e por sermos respeitados como cidadãos em todos os lugares nos quais estivemos.
Como tudo tem um lado bom, o México é lindo, embora esta beleza seja obra da natureza e de povos ancestrais.
Tirando estes detalhes deprimentes, estamos todos bem. O projeto corre dentro do esperado e nossa motivação continua a mil. O Palio não reclama de nada, encarando tudo com mais saúde que os demais veículos da expedição.
Sabemos que no resto da América Latina não será muito diferente e estamos preparados para estes desafios.
Como consolo, fomos agraciados com o grande empenho de três excelentes profissionais mexicanas, que nos auxiliaram com grande presteza e profissionalismo no crítico momento do embarque em La Paz. Confira.
Jeanne posa com a Silvia, da TMC, empresa que transportou nossos veículos da Baixa Califórnia para Mazatlán, no México continental. Dedicada e muito gente fina. Obrigado por segurar a partida do navio para nós, Silvia!
Da esquerda para a direita, Marybel e Marisa, do banco do exército - Banjercito -, que correram para preparar a burocrática papelada e as taxas governamentais (sim, mais taxas) de embarque no navio. Simpaticíssimas. Ficamos impressionados com o empenho delas, sobretudo da adorável Marybel. Muito obrigado a vocês duas também!
Começa nossa saga pelo continente. Agora viajaremos por terra até o Panamá. Opa... acho que é um vulcão lá no fundo...
Aquela fumaça no topo...
É sim! E ele está ativo.
Belas paisagens ao sul do México.
Para mim e para a Jeanne foi bacana revermos o Pico de Orizaba.
Um novo dia nascendo. Hora de recarregar o Palio elétrico. Dormir de dia no Tico não foi problema para nós, graças às suas bem boladas janelas suecas, que permitem escuridão quase plena no habitáculo, mesmo com o sol rachando lá fora. O isolamento térmico dele é excelente também. Até hoje nunca sentimos necessidade de usar o condicionador de ar. Aliás, pretendemos nunca usá-lo no Zero Emissão. O turno seguinte foi meu e já comecei pegando este trecho horrível, cheio de buracos e desníveis. E cheio de pedágios também, claro!
Para alguns, nuvens são espirros de Deus.
Fizemos uma breve visita a Orizaba. Necessitávamos trocar dinheiro e valeu a parada. A cidade é bem agradável. Por sorte achamos um ótimo restaurante italiano, que nos serviu um delicioso almoço.
Orizaba, México.



Um banco ricamente adornado, do qual era possível observar a igreja acima.
Ninguém soube nos responder o motivo desta locomotiva elétrica estar desativada. Uma pena.
Em um trecho seguro a Jeanne pôde sair do vácuo dos veículos de apoio e tirar esta foto.
Desculpem mas... ficaremos devendo o nome deste imenso e belo lago.
Pagar pedágio por uma estrada cheia de ondulações e buracos é angustiante. Não sabemos se o trailer de apoio aguentará a viagem toda. Por mais cuidado que tenhamos, todas as vezes que paramos encontramos um verdadeiro caos no interior do veículo. E ele está começando a se desmontar por fora também. Como diria Pancho Villa... ai ai ai caramba!
Filinha básica para pagar pedágio. Por primeira vez imaginei como animais se sentem na fila do abatedouro.
Frase típica mexicana: não acontece nada...
Um nome pouco usual para um mini mercado.
Diga rápido o nome das duas cidades na placa da direita e ganhe uma dose dupla de tequila, limón y sal.
A crença de que fotos ‘roubam a alma’ das pessoas perdura em vários povoados mexicanos.
Finalmente chegamos na Guatemala.
A fronteira com Mesilla estava surpreendentemente tranquila e praticamente vazia.
E repentinamente deságua um povo em festa.
Oba! Um pouco de fruta. Estávamos mesmo precisando.


Texto e legendas
Paulo Rollo
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domingo, 24 de abril de 2011

Baixa Califórnia Sul

Gostamos de La Paz. Uma cidade com um bom convívio do urbano com o rústico.
Enquanto aguardávamos o momento de embarcar no navio que nos levará para o México continental, aproveitamos para relaxar um pouco à beira mar.
Não contei o tempo mas duvido que tenha levado mais do que 5 segundos para a Jeanne armar e instalar a cadeira na areia.
A Jeanne e o Valdec acharam a água fria e não entraram. Eu gostei.
Aproveitamos a parada para verificar o interior do trailer e econtramos uma bagunça generalizada. Apesar do cuidado que tivemos para armazenar e encaixar tudo muito bem, os incontáveis quebra-molas e costalas de vaca das estradas desmancham qualquer tentativa de organização.
O Palio elétrico quase afundou no cascalho. Mas saiu sem problemas depois.
As belas e calmas praias da Baixa California Sul. Confira abaixo.
Colírio natural.
Relaxante e inspirador.
Que tal a transparencia da água?
Um megulho aqui...
Ou aqui?
Se preferir, pode-se alugar um Jet Ski.
Além do Palio elétrico, nós pudemos recarregar nossas baterias com este pequeno descanso que incluiu um bonito por do sol.



O mágico contraste entre deserto e mar.
Nos impressionou a quantidade de veleiros nas enseadas e baías nas cercanias de La Paz. Também... pudera! Com um mar lindo e calmo como este.
Veículos embarcados no Santa Marcela, rumo a Mazatlan.
Descobrimos que está na hora de limparmos os painéis solares do Tico!
As primeiras horas de navegação foram no estilo piscinão. Nem parecia que o navio se movia. Somente de madrugada, em mar aberto, o Santa Marcela enfrentou pequenas ondulações.
Foram 16 horas de viagem entre La Paz, na Baixa California Sul, e Mazatlan, no México continental.
Já no continente, muda a paisagem e até o fuso horário.
Por primeira vez no México vimos meio acostamento. Já é alguma coisa!
Começam os intermináveis e caros pedágios.
Cidades com nomes famosos.
A Jeanne, dirigindo o Palio elétrico, conseguiu apontar e tirar esta foto sem olhar mas, vamos ficar devendo o nome desta igreja.
Por favor não nos perguntem sobre a utilidade deste módulo.
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