Zero Emission: Rumo ao continente.

Chegamos a La Paz e estamos extasiados com a beleza da região. O melhor deste ‘colírio’ é que, quanto mais rumamos para o sul, mais bonito ficou. E mais quente também. Mas é um clima desértico típico: calor de dia e bem frio de madrugada. La Paz é um consistente povoado localizado junto à baía homônima, na costa oriental da península da Baja California Sur. Acredita-se que a ocupação humana na região começou há mais de 12 mil anos. Os grupos nômades que subsistiram aqui através da pesca e caça deixaram pinturas rupestres em cavernas, hoje preservadas como patrimônio da humanidade.

A viagem segue sem percalços, com tudo correndo dentro do esperado. Com apenas 3 integrantes realizando turnos de guiar o Palio o desgaste é um pouco maior. Mas esta condição durará apenas até a Cidade da Guatemala, aonde encontraremos com o Valdec Jr. e nossa equipe estará, finalmente, completa.

Hoje a tarde embarcaremos em um navio da TMC (Transportación Marítma de California http://www.ferrytmc.com/), que nos levará a Mazatlán, no México continental. Há duas empresas que realizam este traslado na região, mas a TMC foi a que nos ofereceu melhor atendimento e preço. De quebra, uma impagável vantagem adicional: poderemos viajar à bordo do motorhome (a viagem dura 16 horas). Na outra empresa, teríamos que viajar sentados (sem garantia de lugar) ou pagar por uma cabine.

Conseguimos chegar com uma grande folga antes do embarque e, como ninguém é de ferro, pudemos disfrutar da praia de Tecolote, com banho de mar e degustamos também saborosos frutos do mar.

Veremos o que nos aguarda no continente. Imaginamos tráfego pesado e que teremos que redobrar o cuidado com tudo, inclusive com a nossa segurança.

Por vários meses nosso rumo será sul puro.

Até agora o funcionamento do Palio é tal qual um relógio suíço.

Viva México!

As paisagens da Baixa Califórnia são mesmo de tirar o fôlego. São vastas áreas totalmente despovoadas e praticamente intocadas, sem contar o maravilhoso tapete negro que nos permite singrar por tão remotas zonas, claro! Esta é a beleza máxima de se estar na estrada. Pensar no esforço que deve ter sido pavimentar tantos belos espaços por este mundo. Foi assim que, faz 27 anos, me entreguei às estradas e rodei, de carro e de moto, por 71 países somando mais de 1,5 milhão de quilômetros. Abaixo segue uma sucessão de fotos da Baixa Califórnia que, para quem gosta de estrada, dispensam legendas.

Oops... cuidado com animais soltos.

Iniciando o trecho Baixa Califórnia Sul

Nossos veículos de apoio serviram até de ‘fura vento’ para o Palio, que viaja no vácuo gerado por eles sempre que os ventos contrários são muito fortes, o que nos rende até 20% a mais de autonomia.

Os controles militares na estrada são, a nosso ver, praticamente inúteis. Sem o auxilio de cães, só mesmo com denúncias para que eles possam achar drogas. Até agora passamos por 4 controles que, em média, nos tomam uns 20 minutos cada. Mas não nos estressamos e facilitamos as revistas para os soldados, serenamente e com cortesia, em todos os postos de controle.